Unidade 09
EVOLUÇÃO DO SER HUMANO
O ser humano representa a única espécie sobrevivente da família Hominidae. Os restos fósseis dos hominídeos têm sido encontrados desde fins do século XIX e constituem ainda um registro muito fragmentário. Entretanto, o que se conhece já é suficiente para inferir a sequência evolutiva que originou a nossa espécie. As modificações mais importantes do grupo foram:
a) postura bípede, que resultou de alteração do esqueleto, especialmente nos ossos da bacia e na articulação dos membros posteriores;
b) maior desenvolvimento da habilidade manual;
c) aumento da capacidade craniana , principalmente das áreas relacionadas com a atividade inteligente;
d) modificações na mandíbula e nos dentes, que permitiram o desenvolvimento da linguagem articulada e modificações na dieta alimentar ;
e) comportamento grupal e comunicação, que ampliaram as possibilidades de defesa.
O mais antigo ancestral dos hominídeos parece ter sido o Dryopithecus, que viveu há aproximadamente 25 milhões de anos. Sua mandíbula e seus dentes assemelhavam-se aos dos grupos de macacos atuais e acredita-se que sua dieta fosse constituída de insetos e frutas. Dele derivou um tipo adaptado a andar no chão, o Ramapithecus, considerado o nosso ancestral direto, mais remoto.
Há cerca de 5 milhões de anos surgiu o Australopithecus, um novo tipo de hominídeo, cujo cérebro tinha entre 600 cm3 e 800 cm3 , a metade do volume cerebral do ser humano moderno. Sua postura era praticamente ereta, pois já conseguia se manter e se locomover sobre os pés. Suas mãos assemelhavam-se bastante às do ser humano atual. Junto de seus fosseis foram encontrados instrumentos rústicos de pedra, que deveriam ter sido usados como armas.